18.3.16

O fim da era dos apps

O garimpo da Galera Unplanned no SXSW rendeu. A Camila Gadelha trouxe o melhor insight na minha opinião, uma tendência que pode mudar bastante a forma como interagimos com nossos gadgets e com os serviços e conteúdos disponíveis na internet. Confiram.

"We think the age of apps is coming to an end", quote do Anthony Green, Emerging Partnership Lead do KiK. Ele acredita que o futuro dos ecossistemas mobiles vai ser 100% conversacional. A corrida agora é pra criar bots focados em comunicação instantânea e altamente personalizada.  
· Varejo de Bate-Papo ou "Conversational Commerce" é uma realidade, não uma tendência. Quem desenvolve as coisas já tá fazendo isso acontecer mesmo e é maravilhoso. Pedir Uber pelo FB Messeger, conversar com o BOT da Sobrenatural, pedir pizza pelo KiK sem precisar falar com um humano mas conseguindo descrever todas as alterações na massa e no molho que você quiser é brilhante.  
· Todo esse movimento só é capaz de acontecer porque finalmente a gente chegou em um momento de semi-maturação de inteligência artificial pra relacionamento humano. Joguinhos como o MathCraft da Cycorp e o Life is Strange são um exemplo bem claro disso, ao mesmo tempo, linguagens intuitivas de programação como o Stephen Wolfram desenvolve e o Slack começa a usar no dia-a-dia mostram que as pessoas vão aprender lógica de programação quer elas queiram, quer não.  
· Aliás,vale conhecer a Cycorp, empresa aqui de Austin, TX que há 30 anos estuda e desenvolve aplicações usando inteligência artificial. · É só nesse momento que produtos / robôs como o Echo da Amazon conseguem de fato ganhar mercado. Porque não são mais tranqueiras que nem as primeiras telinhas touch-screen. São produtos funcionais que começam a aprender de verdade e ir além do "Siri, faz um beat-box por favor!"  
· Tudo isso começa a forçar várias empresas a reavaliarem suas estruturas internas. Como você vai ser um cartão de crédito ou um jornal sem uma equipe sinistra de analytics ou de desenvolvimento capaz de construir e alimentar um bot próprio? O Washington Post é um exemplo muito massa disso. Ao invés de ficar assistindo o mundo acontecer eles desenvolveram toda uma inteligência (e produtos) proprietários de analytics preditivos e agora além de usar tudo isso pra construir conteúdo mais relevante, também vendem pra quem tiver o dinheiro.