9.9.12

Mainstream à brasileira

"Se formos ver o que toca nas rádios, quais são os discos que essas pessoas compram nas lojas, não será Tom Jobim nem Villa-Lobos" - Mariozinho Rocha, diretor musical de Lado a Lado, justificando a influência da nova classe C nas trilhas sonoras da Globo.
Vem aí mais uma novela com a cara da nova classe média brasileira. Para a Rede Globo, nada mais estratégico. O que seduz a audiência de massa agora é se ver e se ouvir na TV.

Antigamente, a atração era assistir à festa dos outros: os excluídos da cultura de consumo maravilhavam-se com o fausto da elite.

Hoje em dia, a coisa está mudada. A nova classe C anda muito ocupada com a sua própria ascensão para perder tempo acompanhando os dramas do andar de cima.

Até porque o que mais lhe diverte sempre existiu na sua comunidade. O que faltava era dinheiro para botar mais feijão no caldo e acessar o tecnobrega pelo Youtube.

Leia também: A orkutização da cultura e do branding.


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