O relativismo absoluto é uma abstração que normalmente usamos quando queremos criticá-lo (como eu fiz aqui). Na prática, relativistas não são sempre relativistas, nem mesmo quando pesquisam, caso contrário não fariam seu trabalho.
Já citei numa postagem anterior o fato de muitos relativistas não relativizarem seu próprio relativismo. Se o fizessem, o relativismo não seria aplicável a nada. Outro exemplo: antropólogos costumam ser relativistas. Alguns deles relativizam até mesmo sua capacidade de interpretação, porém dão como certo o princípio de que a melhor explicação é a do próprio nativo, e seguem adiante.
Não os critico. Acho mesmo que o relativismo tem algo proveitoso a nos dizer. Meu ponto aqui é outro: a ação humana exige que assumamos como verdadeiras algumas proposições sobre as quais não temos certeza (leia aqui sobre uma idéia relacionada: a sugestão pragmatista de que toda crença útil é verdadeira). O fato de sabermos que mapas não são totalmente verdadeiros no que se refere à realidade objetiva dos terrenos não nos impede de crer em suas indicações e chegarmos aos nossos destinos. Algo semelhante ocorre às nossas crenças, aos nossos mapas mentais.
Talvez, como afirmam os céticos, nos seja impossível conhecer completamente a realidade objetiva das coisas, mas me parece razoável supor que podemos conhecê-la o suficiente para dar um sentido melhor às nossas vidas no mundo.
Já citei numa postagem anterior o fato de muitos relativistas não relativizarem seu próprio relativismo. Se o fizessem, o relativismo não seria aplicável a nada. Outro exemplo: antropólogos costumam ser relativistas. Alguns deles relativizam até mesmo sua capacidade de interpretação, porém dão como certo o princípio de que a melhor explicação é a do próprio nativo, e seguem adiante.
Não os critico. Acho mesmo que o relativismo tem algo proveitoso a nos dizer. Meu ponto aqui é outro: a ação humana exige que assumamos como verdadeiras algumas proposições sobre as quais não temos certeza (leia aqui sobre uma idéia relacionada: a sugestão pragmatista de que toda crença útil é verdadeira). O fato de sabermos que mapas não são totalmente verdadeiros no que se refere à realidade objetiva dos terrenos não nos impede de crer em suas indicações e chegarmos aos nossos destinos. Algo semelhante ocorre às nossas crenças, aos nossos mapas mentais.
Talvez, como afirmam os céticos, nos seja impossível conhecer completamente a realidade objetiva das coisas, mas me parece razoável supor que podemos conhecê-la o suficiente para dar um sentido melhor às nossas vidas no mundo.
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