No interior, a política local é naturalmente um lugar do encontro.
Não há como evitar os vizinhos desse condomínio que é a pequena cidade, ou vê-los apenas de longe, passeando no feed de uma rede social qualquer.
É preciso organizar o espaço comum, dividir a calçada, a cortesia nas festas da comunidade e até o ar que se respira nos poucos consultórios do lugar.
Obviamente, há sempre paranoicos percorrendo os quarteirões. Mas eles tendem a ser marginalizados e esquecidos pela maioria - ou se tornam figuras folclóricas bastante conhecidas, desde que não se levem a sério.
As pessoas, quando compartilham o mesmo espaço, tornam-se politicamente pragmáticas e consideravelmente mais gentis umas com as outras, perdendo quase toda a sua agressividade ideológica, assim como a sua eventual ideologia de agressividade.
Não é como no Twitter ou no Facebook, onde você pode xingar os adversários dos outros partidos à vontade sem ter medo de encontrá-los quando, logo ao sair de casa, botar um pé na rua.
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