Tais categorias são usadas no estudo de narrativas. Elas referem-se a determinados papéis sintáxicos (os actantes) e não aos atores da história analisada.
O protagonista de uma aventura, por exemplo, pode ser ao mesmo tempo tanto destinador quanto sujeito, caso em que o herói obtém de si mesmo o compromisso de conquistar algo que é precioso para si mesmo ou para outra pessoa.
O trabalho do destinador imita a atuação dos profissionais de branding na medida em que estes dedicam-se a transformar as marcas em objetos de valor para os indivíduos, lançando-os na aventura do consumo.
Há muitas maneiras de destinar alguém segundo a narratologia. Greimas e Courtés (2008) destacam os quatro principais tipos de manipulação, todos eles facilmente identificáveis nas histórias que as marcas contam.
- Na tentação, o destinador propõe ao sujeito uma recompensa (objeto de valor positivo) com a finalidade de levá-lo à conjunção com a marca ("Become someone else. Pick your hero...").
- Quando o destinador compromete o sujeito a fazer algo por meio de ameaças, ocorre uma intimidação ("Si te seduce... Pierdes").
- A sedução acontece quando o destinador revela um juízo positivo sobre a competência do destinado ("Yes, we can").
- Se a competência do sujeito é julgada negativamente pelo destinador, há uma provocação ("Do you have the right kind of wife for it?").
Leia também: estratégias semióticas do branding.
Referência:
GREIMAS, Algirdas J.; COURTÉS, Joseph. Dicionário de Semiótica. São Paulo: Contexto, 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário